https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/issue/feedREVISTA DA ANINTER-SH2025-01-16T23:49:59+00:00Profa. Dra. Verônica Teixeira Marquesrevista@anintersh.org.brOpen Journal Systems<p>A <strong>REVISTA DA ANINTER-SH</strong> nasce como uma proposta da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação Interdisciplinares em Sociais e Humanidades para incentivar a colaboração entre diferentes campos do saber, sobretudo, para promover a construção de novos paradigmas interdisciplinares.</p>https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/32UM MUNDO MELHOR PARA UM NÚMERO MAIOR DE PESSOAS2024-07-15T19:38:44+00:00Djalma Thürlerrevistadaanintersh@gmail.com<p>Este ensaio busca na crítica criativa ao modelo hegemônico de ciência, que normaliza o eurocentrismo e o colonialismo e utiliza termos como hegemonia, poder e dominação para descrever a posição das ciências ocidentais sobre as demais, defender a epistemologia interdisciplinar, que tem desempenhado um papel crucial na compreensão e no avanço do conhecimento em várias áreas acadêmicas, se concentrando na interação e na colaboração entre diferentes disciplinas, superando as barreiras tradicionais que separam os campos do conhecimento e se abrindo a uma abordagem mais holística para a resolução de problemas complexos.</p>2024-07-15T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/33REFERÊNCIAS CULTURAIS AFRO-BRASILEIRAS: QUESTÕES PARA ESTUDOS SOBRE PRESERVAÇÃO CULTURAL2024-07-15T19:52:07+00:00Otair Fernandes de Oliveirarevistadaanintersh@gmail.com<p>O presente artigo busca promover reflexões sobre as referências culturais afro-brasileiras e matriz africana como patrimônio cultural brasileiro. O reconhecimento das expressões culturais dos afro-brasileiros como o samba, a capoeira e os terreiro de candomblé, dentre outras, é fenômeno recente e carece de discussões sobre o sentido, significado e implicações no campo de estudos e nas políticas públicas de patrimônio cultural. Apontamos aqui para a necessidade de pautar este debate na perspectiva dos dos sujeitos produtores e fazedores dessas culturas, a população negra ou afro-brasileira, filhos/as da diáspora africana escravizados/as e seus descendentes explorados economicamente, tiveram suas histórias e culturas invisibilizadas, marginalizada e apagadas pelo colonizador europeu. Como promover políticas de preservação de referências culturais marcadas historicamente pela marginalização, exclusão, preconceitos, desigualdades raciais e sociais? Como preservar o que não se conhece diante da tamanha injustiça impostas aos africanos escravizados e seu descendente no Brasil? Motivados por essas e outras questões, este texto foi construído com base nas investigações do Grupo de Estudo Patrimônio, Educação e Cultura Afro-Brasileira, que busca problematizar o reconhecimento da cultura afro-brasileira e matriz africana como patrimônio cultural em uma sociedade altamente fragmentada, desigual, relações assimétricas de poder, estruturada historicamente sob a lógica do racismo (em diferentes níveis e dimensões). Um texto construído a partir do fazer sociológico enquanto conhecimento socialmente situado e relacionado com o nosso lugar no mundo e às experiências que vivemos na perspectiva de uma produção acadêmica inter/multi/transdisciplinar para uma educação antirracista e ações afirmativas, no âmbito do PPGPaCS/UFRRJ.</p>2024-07-15T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/34INVENTANDO SELFS: O ÍNTIMO E O POLÍTICO DA CULTURA CIBERFEMINISTA2024-07-15T20:00:45+00:00Carlos Henrique Medeiros de Souzarevistadaanintersh@gmail.comPaolla dos Santos Souzarevistadaanintersh@gmail.comIeda Tinoco Boechatrevistadaanintersh@gmail.com<p>A partir dos conceitos sobre o ciberfeminismo, o presente trabalho buscou fazer uma observação sobre as práticas culturais em um determinado grupo na rede social <em>Facebook</em>. Utilizou-se como método investigativo da pesquisa a netnografia baseada na obra de Kozinets (2014). Desta forma, a proposta metodológica contribuiu para o desvelamento dos novos modos de interação e produção de sentidos, que exploram o autorretrato/retrato artístico com a cultura da autoexposição nas redes sociais digitais (SIBILIA, 2008). Alguns dados desta pesquisa nos permitem destacar que experiências por meio das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), marcam a figuração de novas subjetividades e fomentam os laços de sociabilidade e solidariedade entre as jovens feministas.</p>2024-07-15T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/35BIOPODER, ALGORITMOS E O CONTROLE DA MULTIPLICIDADE2024-07-15T20:42:37+00:00Paulline Ribeiro Barrosrevistadaanintersh@gmail.comElton Dias Xavierrevistadaanintersh@gmail.com<p>A forma como as redes sociais funcionam promove o controle às multiplicidades em meio digital? Partindo da leitura de algumas categorias apresentadas por Foucault em sua obra, busca-se compreender o biopoder e o controle exercido na vida da população por meio do investimento das tecnologias de biopolítica, a forma como as redes sociais operam a partir do uso dos algoritmos e suas implicações na difusão de ideias dentro daquelas redes sociais digitais, assim como a relação entre seu funcionamento e o combate à multiplicidade, enquanto expressão dessas tecnologias. A hipótese que se pretende verificar é de que as redes sociais enquanto expressão das relações sociais é utilizada como instrumento de reprodução das tecnologias de biopolítica contra sujeitos ou grupos que são observados como risco à manutenção do controle da população. Por meio do método de abordagem hipotético-dedutivo, pretendemos responder ao problema inicialmente apresentado, a partir de pesquisa bibliográfica e análise documental, por meio de estudos já produzidos sobre o tema.</p>2024-07-15T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/36BACURAU E O “MUSEU VIVO”: ESPAÇO DE MEMÓRIA E RESISTÊNCIA2024-07-15T20:48:29+00:00Luciana Renata Santana Dinizrevistadaanintersh@gmail.comHamilcar Silveira Dantas Juniorrevistadaanintersh@gmail.com<p>O presente trabalho explana os diversos tipos de memórias que permeiam uma sociedade e reforça a importância dos monumentos terem significado na construção da memória coletiva de uma comunidade. Este estudo analisa de que forma os artefatos do Museu Histórico da obra filmíca “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, se materializaram e se tornaram símbolo de resistência aos ataques de um grupo de extermínio estadunidense que caçava humanos “por esporte”. Objetivamos neste trabalho analisar recortes que mencionam, direta ou indiretamente, o Museu Histórico de Bacurau (MHB), sua importância para os moradores do pequeno povoado e espaço de resistência, luta e sobrevivência através de seus artefatos de memória. Analisaremos a composição da imagem, diálogos e o acervo expostos durante o filme que envolvem o museu no roteiro, segundo a análise fílmica de Aumont e Marie (2004). Concluiu-se que o Museu Histórico de Bacurau, enquanto espaço de memória social institucional, é a materialização das memórias coletivas, simbólicas, da comunidade, utilizadas como artefatos de resistência para a existência do povoado. Através de cada indumentária, arte em madeira exposta, recortes de jornal, instrumento de trabalho e armas, uma mensagem de resistência era posta e encorajava o povo, a resistir e a reagir.</p>2024-07-15T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/37IMPACTOS DECORRENTES DE UHES EM POVOS INDÍGENAS: UMA APROXIMAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA A PARTIR DOS DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE (DSS)2024-07-15T20:57:48+00:00Rafael Ademir Oliveira de Andraderevistadaanintersh@gmail.com<p>O presente trabalho tem como objetivo realizar uma aproximação teórico-metodológica da análise a partir de Determinantes Sociais de Saúde (DSS) com a pesquisa com povos indígenas impactados por grandes empreendimentos infra estruturais energéticos, especialmente as Usinas Hidrelétricas de grande porte (UHE), utilizando-se de análises previamente realizadas sobre o caso das UHE do Complexo do Madeira em Rondônia e os povos impactados. De natureza qualitativa e exploratória, esta pesquisa utilizou-se de uma metodologia de revisão por aproximação temática, onde a partir de estudos prévios e inserções em bancos de dados, o autor coletou dados para que de forma inicial (uma aproximação) pesquisas de diferentes campos científicos fossem associadas na tessitura do texto aqui apresentado. Concluímos que a DSS é uma importante ferramenta para análise dos impactos sociais em povos indígenas decorrente de grandes empreendimentos, principalmente por apontar uma conexão com a análise em escalas e permitir uma interconexão entre cultura e dados mais quantitativos.</p>2024-07-15T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/38O DIREITO DAS PESSOAS TRANS AO TRATAMENTO HORMONAL2024-07-15T21:02:59+00:00Caio Lorena de Menezes Doresrevistadaanintersh@gmail.comVivianny Galvãorevistadaanintersh@gmail.comVinicius Minatelrevistadaanintersh@gmail.com<p>este trabalho aborda a necessidade da garantia do acesso da população transgênera ao tratamento hormonal no sistema público de saúde. O acesso à saúde constitui a efetivação dos princípios fundamentais do SUS e está assegurado em portarias publicadas pelo Ministério da Saúde. Apesar disso, o serviço ambulatorial não está disponível em muitos Estados brasileiros, sendo necessário o deslocamento do paciente para outros entes da Federação. É importante destacar que o direito à saúde deve ser compreendido especialmente como um direito ao bem-estar. A terapia hormonal constitui importante ferramenta de escolha no processo de reconhecimento da identidade de gênero e deve ser garantida pelo Estado. Nessa perspectiva, o artigo trata o acesso à saúde como um direito humano que deve levar em consideração a busca pela realização ampla de outros direitos como a liberdade de gênero, o direito ao nome etc. A metodologia utilizada será a da pesquisa qualitativa, com coleta de dados secundários e levantamento de projetos de lei.</p>2024-07-15T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/39O PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE SÍFILIS GESTACIONAL NO MUNICÍPIO DE ARAGUATINS NO PERÍODO DE 2015 A 20212024-07-15T21:10:58+00:00Victor Martins Eleresrevistadaanintersh@gmail.comLílian Natália Ferreira de Limarevistadaanintersh@gmail.com<p>A sífilis consiste em uma infecção sexualmente transmissível, ela é vista a mais de meio milênio, atingindo homens e mulheres. Representa um dos relevantes agravos à saúde a ser enfrentado em âmbito global, devido a sua distribuição mundial. O objetivo da pesquisa foi avaliar o perfil epidemiológico da sífilis gestacional no período de 2015-2021 em Araguatins no estado do Tocantins. A pesquisa trata-se de um estudo epidemiológico de carácter quantitativo e exploratório-descritivo. Percebeu-se que houve um aumento da prevalência dos casos de sífilis gestacional de (10,3%) no ano de 2015 para (23,7%) no ano de 2018, em seguida a isso houve um declínio nas taxas de prevalência anuais. A respeito do perfil sociodemográfico dessas gestantes foi apontado que as mesmas possuem uma baixa escolaridade, maior faixa etária entre 13-23 anos, e (82,5%) se autodeclararam pardas, tais informações nos sugerem um grupo de maior vulnerabilidade social. Quanto à classificação clínica (42,3%) das fichas analisadas tiveram essa informação ignorada, evidenciando negligência do preenchimento por completo das fichas de notificação compulsória por os profissionais de saúde. Ressalta-se um total de (54,6%) parceiros que tiveram o tratamento ignorado. Evidenciando uma enorme fragilidade nas ações de prevenção, diagnostico e tratamento da infecção por sífilis durante a realização do pré-natal. Ressalta-se a necessidade de incentivo a realização de notificação da sífilis, com o objetivo de aumentar as informações e produções cientificas sobre esse determinado agravo à saúde publica, visando assim à redução da mortalidade e morbidade neonatal.</p>2024-07-15T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/40INTERSECÇÕES HUMANIDADE-NATUREZA A PARTIR DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL MEDIADA PELA APICULTURA E O CUIDADO COM AS ABELHAS2024-07-15T21:23:25+00:00Caio de Sousa Murtarevistadaanintersh@gmail.comGustavo Rovetta Pereirarevistadaanintersh@gmail.comAndré Rodrigo Rechrevistadaanintersh@gmail.com<p>O uso humano do mel é uma atividade possivelmente tão antiga quanto a própria humanidade, figurando entre as primeiras formas de manejo que os seres humanos implementaram com a biodiversidade da qual fazem parte. Foram encontradas evidências paleontológicas do uso do mel nas civilizações egípcias e pré-colombinas e observações importantes acerca das abelhas e da produção de mel escritas por Aristóteles, um dos fundadores do que podemos chamar como pensamento ocidental, muito embora os registros orientais acerca do tema sejam inclusive ainda mais antigos. Neste trabalho revisamos as análises já publicadas acerca das relações entre seres humanos e natureza mediadas pelas práticas e criação de abelhas com especial enfoque para a apicultura, ou seja, o manejo da espécie <em>Apis mellifera </em>e das várias espécies sem-ferrão, nativas dos diferentes territórios, ao longo do planeta, para produção de mel, cera, própolis e outros derivados. Para isso, foi buscado na literatura, através do Portal de Periódicos CAPES, os termos “Beekeeping” AND “Environmental perception”. A partir disso, selecionamos os textos centrais para o debate e os lemos integralmente. Apresentamos aqui uma síntese destas leituras com apontamentos iniciais a partir de vivências e diálogos com apicultores(as) da região do Vale do Jequitinhonha e Semiárido Mineiro. Percebemos que a apicultura pode ser uma atividade produtiva importante na mediação da relação humanidade-natureza e pode contribuir para o sentimento de pertencimento e sensibilização acerca das contribuições da natureza para as pessoas (NCP). No entanto, há que se considerar que como uma atividade econômica está sujeita a influências de mercado e valores associados ao lucro e a produção que podem muitas vezes estar em conflito com os objetivos de uma atividade sustentável.</p>2024-07-15T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/41AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DA QUALIDADE DA ÁGUA EM UMA COMUNIDADE DO MUNICÍPIO DE MANACAPURU – AM2024-07-15T21:28:49+00:00Nadielle Castro Pereirarevistadaanintersh@gmail.comRonaldo Laércio de Oliveira Azevedo Filhorevistadaanintersh@gmail.comLúcia Tatiana Filgueiras de Souzarevistadaanintersh@gmail.comMarlene Duarte de Oliveira Gadelharevistadaanintersh@gmail.comAnna Karine Braga dos Santosrevistadaanintersh@gmail.comRaimunda Macena Cavalcanterevistadaanintersh@gmail.com<p>A água potável é um recurso essencial para a saúde e bem-estar humano, porém, está sujeita a contaminações que ameaçam sua qualidade, especialmente em comunidades rurais com acesso limitado a tratamento de água. Este estudo teve como objetivos examinar a qualidade da água em duas comunidades, identificar as causas da contaminação e promover a conscientização sobre práticas seguras de água. As amostras de água foram coletadas de poços em duas comunidades, Rei Davi e Palestina, e submetidas a análises físico-químicas e microbiológicas. Os resultados mostraram que a água do Poço 1 (Rei Davi) atendeu aos padrões de potabilidade, mas os Poços 2 e 3 (Rei Davi) e o Poço 4 (Palestina) apresentaram coliformes totais, indicando contaminação. Possíveis causas da contaminação incluem infiltração de águas superficiais, sistemas de distribuição comprometidos e manutenção inadequada. Medidas corretivas e preventivas foram implementadas, incluindo informação e conscientização das comunidades, distribuição de folhetos educativos e tratamento dos poços com cloro. Espera-se que essas ações restaurem a qualidade da água, promovam práticas sustentáveis de tratamento e manutenção da água e protejam a saúde pública a longo prazo. Este estudo ressalta a importância da vigilância da qualidade da água em comunidades rurais e destaca a necessidade de educação e intervenções corretivas para garantir água segura para consumo humano. A colaboração entre autoridades de saúde e comunidades é fundamental para manter a qualidade da água e prevenir doenças transmitidas pela água</p>2024-07-15T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/42A CRIMINALIDADE E AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO2024-07-15T21:36:47+00:00Lidiane Medeiros de Souzarevistadaanintersh@gmail.comMariana Verinesi Vieira Medeirosrevistadaanintersh@gmail.comFabio Machado de Oliveirarevistadaanintersh@gmail.com<p>Este trabalho, baseado exclusivamente em técnicas de pesquisas bibliográficas e eletrônicas, trata de dissertar sobre os crimes cibernéticos especialmente no Brasil, mas ao final relata o caso de Lucas Michael Chansler, que foi contado em 2014 pelo agente do FBI encarregado da investigação, Larry Meyer, no Discovery ID, e na mídia para posterior conhecimento das vítimas que ainda não sabem da prisão do criminoso. O crime é relatado não só para acrescentar exemplo ao trabalho, mas também para divulgar e ser visto por pessoas que possam identificar alguma das vítimas em algum momento e servir de utilidade pública. Iniciado com a definição de crimes virtuais, conhecimento do assunto no Brasil e de como são investigados, o crescimento destes nas redes de sociais, o papel do investigador, e as questões legais envolvidas.</p>2024-07-15T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/57TERRITÓRIO E RENDA NUM COMMONS: UM CASO DE RESISTÊNCIA E RENÚNCIA NA AGRICULTURA FAMILIAR2024-12-22T02:07:30+00:00Silvana dos Santos Moreira revistadaanintersh@gmail.comCarlos Alberto Marçal Gonzagarevistadaanintersh@gmail.comRui Pedro Julião revistadaanintersh@gmail.com<p>O artigo apresenta um estudo de caso sobre a sucessão de mudanças na ocupação e uso do solo por uma comunidade organizada como Sistema Faxinal, que após um século de existência, decidiu renunciar à condição de <em>commons</em>. Os Faxinais são <em>commons</em> rurais privados, considerados comunidades de cultura tradicional, típicos da ocupação de terras por agricultores familiares nos estados do sul do Brasil, predominantemente no Paraná. O estudo situa a trajetória de existência do faxinal no contexto da história da ocupação territorial da região e no contexto da política agrária brasileira. A pesquisa caracterizou-se como qualitativa e descritiva. Os dados primários foram obtidos por meio de observação participante e entrevistas semiestruturadas com descendentes da terceira e quarta gerações das cinco famílias que fundaram o Faxinal em questão. A amostragem incluiu 16% das famílias residentes na comunidade. Identificou-se a predominância de quatro estratégias de obtenção de renda, utilizadas pela população atual. As estratégias dividem a população entre os que continuam sua ligação com o trabalho agrícola e os que se alienaram dessa atividade. As sucessivas partilhas de herança promoveram a redução das frações individuais de terra produtiva e inviabilizaram a autossuficiência de renda e segurança alimentar e nutricional das famílias locais.</p>2024-12-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/58AVALIAÇÃO DO RASTREAMENTO MAMOGRÁFICO DO CÂNCER DE MAMA NO ESTADO DO PARÁ: UMA ANÁLISE SEGUNDO AS DIRETRIZES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL (2018-2022)2024-12-22T02:13:26+00:00Josias Correa Netorevistadaanintersh@gmail.comSamhuel Freitas da Silvarevistadaanintersh@gmail.comAna Paula Cruz Oliveirarevistadaanintersh@gmail.comPatricia Almeida-Santosrevistadaanintersh@gmail.comLuciana Pereira Colares Leitãorevistadaanintersh@gmail.com<p>No Brasil, o câncer de mama em estágios avançados é uma das principais causas de morte entre as mulheres. Exames como mamografia e exame clínico das mamas desempenham um papel crucial na redução da mortalidade por câncer de mama, conforme o Ministério da Saúde. Este estudo de coorte analisou dados do Sistema de Informação do Câncer (SISCAN) no estado do Pará entre 2018 e 2022. Duas fichas foram usadas: uma para mamografias por residência e outra para exames histopatológicos de mama. Os resultados indicaram que no estado do Pará foram realizadas 259.687 mamografias, das quais 3.819 foram diagnósticas e 255.868 de rastreamento. O rastreamento foi mais comum entre mulheres de 50 a 69 anos. Houve também uma tendência de realizar exames em mulheres com menos de 50 anos, contrariando as diretrizes do Ministério da Saúde. A análise das categorias BI-RADS e dos laudos histopatológicos revelou que muitas lesões eram benignas, o que destaca a importância da precisão do rastreamento para evitar procedimentos desnecessários e riscos de falsos positivos. Os resultados apontam para a necessidade de aprimorar a seleção de mulheres submetidas ao rastreamento e a acurácia dos resultados, visando a aderência às diretrizes do Ministério da Saúde e melhorando a eficácia dos sistemas de saúde pública no Pará.</p>2024-12-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/59CONTROLE SOCIAL DAS POLÍTICAS PÚBLICAS: MAPEAMENTO E ANÁLISE DOS CONSELHOS GESTORES NO MUNICÍPIO DE ARAPIRACA/AL2024-12-22T02:19:13+00:00Tiago Soares Vicenterevistadaanintersh@gmail.comAna Caroline da Silvarevistadaanintersh@gmail.comJulia Fernandes de Souza revistadaanintersh@gmail.com<p>O presente trabalho tem por objeto a análise e mapeamento dos conselhos gestores de políticas públicas em atuação no município de Arapiraca. A problemática da pesquisa foi investigar quais limites e possibilidades para efetividade dos conselhos gestores em atuação no município de Arapiraca, a fim de cumprir o comando constitucional de controle social das políticas públicas, bem como mapear os conselhos gestores legalmente instituídos e quais estão em atuação no município de Arapiraca. Para produção do trabalho foi empreendida uma pesquisa bibliográfica e empírica, incluindo levantados de dados através da análise da legislação municipal e das informações disponíveis em sítios eletrônicos oficiais. Da análise, constatou-se que há uma grave falha do município de Arapiraca na disponibilização de informações sobre os Conselhos Gestores e na alimentação da “Casa dos Conselhos”; há uma discrepância entre as informações disponíveis nos sites e àquelas verificadas através de contato direto mediante Ofícios; há uma desorganização geral do município quanto à sistematização e organização de dados sobre os Conselhos Gestores, que evidenciam problemas históricos identificados na literatura sobre a temática e inviabilizam um efetivo controle social.</p>2024-12-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/60DIVULGAÇÃO INTERATIVA DA ZOOLOGIA: CONECTANDO CIÊNCIA E CULTURA NA UNIRIO2024-12-22T02:24:13+00:00Elidiomar Ribeiro Da Silvarevistadaanintersh@gmail.comAmanda Cardozo dos Santosrevistadaanintersh@gmail.comAna Paula da Silva Costarevistadaanintersh@gmail.comFernanda de Andréa Oliveirarevistadaanintersh@gmail.comLuci Boa Nova Coelhorevistadaanintersh@gmail.com<p>A atividade relatada consistiu na divulgação da zoologia de forma leve, voltada para o público leigo, não acadêmico, englobando todas as faixas etárias, utilizando pôsteres interativos expostos no câmpus da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e em espaço externo, durante o evento IV Mostra do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS). A divulgação de conteúdo científico é um grande desafio enfrentado, já que a população cada vez menos se interessa por ciência ou por um conteúdo de alta complexidade. Pensando nisso, foram montados conteúdos dinâmicos, com linguagem simples e objetiva, destacando imagens e apostando na interatividade. O assunto abordado nos trabalhos expostos é baseado em temas muito conhecidos pelo público, como super-heróis, desenhos animados, manifestações folclóricas e da cultura popular, dentre outros. Essa abordagem associativa entre o estudo acadêmico dos animais e as manifestações da cultura humana está dentro dos preceitos da zoologia cultural.</p>2024-12-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/61EDUCAÇÃO, GÊNERO E DECOLONIALIDADE: CAMINHOS POSSÍVEIS PARA RESISTÊNCIAS E REEXISTÊNCIAS2024-12-22T02:28:58+00:00Ana Carolina Eiras Coelho Soaresrevistadaanintersh@gmail.comSuellen Peixoto de Rezenderevistadaanintersh@gmail.com<p>O presente artigo tem como pressuposto, problematizar a interlocução entre as perspectivas Decoloniais, de Gênero e Pedagogia Holística, como ferramental analítico em prol da construção de uma Educação antirracista, equitativa e emancipatória. A partir de incipientes leituras no doutorado, inquietações nos permitiram refletir acerca de discursos que produzem padronizações dicotômicas, sexistas, excludentes e desiguais, imbricados em estruturas hegemônicas, herdados pelo processo de colonização. Problematizaremos os três eixos centrais epistemológicos, como campos de possibilidades contra violências simbólicas, tecendo possibilidade de resistências e reexistências nas práticas pedagógicas, alicerçados na consciência de incompletude epistemológica, denunciando saberes legitimamente privilegiados.</p>2024-12-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/62ESTIMATIVA DO AMORFISMO E DA COMPOSIÇÃO MINERAL DE CINZAS RESIDUAIS PARA REUTILIZAÇÃO COMO ADITIVO EM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO2024-12-22T02:33:35+00:00Daniele Ferreira Lopesrevistadaanintersh@gmail.comVanessa Castro de Oliveirarevistadaanintersh@gmail.com Sabrina Neves da Silvarevistadaanintersh@gmail.com<p>As cinzas geradas em usinas termoelétricas, provenientes tanto da combustão de carvão mineral quanto de casca de arroz, podem ser aproveitados na construção civil como aditivos sustentáveis, minimizando, dessa forma, o descarte inadequado. Contudo, para esta aplicação, é importante compreender as características dos materiais. A composição química e o amorfismo são fundamentais para o conhecimento das propriedades reativas das cinzas quando utilizadas como aditivos em materiais de construção. Com base nestes aspectos, este estudo analisou a composição mineral e estimou o amorfismo de duas cinzas volantes de carvão mineral (CV-1 e CV-2) e uma casca de arroz (CCA), utilizando a técnica de difração de raios X (DRX). A estimativa do amorfismo foi realizada por meio do método simples de separação de áreas. A análise mineralógica das cinzas revelou que as CV-1 e CV-2 contêm quartzo, calcita e hematita, enquanto as CCA são predominantemente compostas de quartzo. O grau de amorfismo foi quantificado em 65,08% para CV-1, 35,49% para CV-2 e 77,52% para CCA. O maior amorfismo das CV-1 e da CCA indicam mais atividade pozolânica e, por sua vez, podem ser utilizados como aditivos em materiais de construção substituindo o cimento.</p>2024-12-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/63FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES NO BRASIL: EXPERIÊNCIAS EM POLÍTICAS E PROCEDIMENTOS NORMATIVOS2024-12-22T02:37:18+00:00Haydéa Maria Marino de Sant’Anna Reisrevistadaanintersh@gmail.comPatrícia Rodrigues Rocharevistadaanintersh@gmail.comMárcia Vales Ferreirarevistadaanintersh@gmail.com<p>Este artigo é uma análise descritiva da situação ou experiências em políticas voltadas para professores e relacionadas à formação inicial e procedimentos normativos de acesso à profissão docente. Assim, a metodologia desta pesquisa é de abordagem qualitativa, de natureza básica com consulta ao Portal de Periódicos da CAPES para a seleção de artigos e estudo da legislação voltada à formação de professores. Para a análise dos resultados foi utilizada a técnica de Análise de Conteúdo. Com base nos dados obtidos, conclui-se que a formação de professores é um tema que deve ser constantemente discutido visando a sua qualidade. Além disso, se faz necessário que a legislação que a atravessa seja articulada aos currículos e exercícios formativos em prol de uma educação significativa aos sujeitos. Reforça-se ainda que tal formação deve estar pautada em um currículo integrado com temáticas interdisciplinares e contextualizadas, garantindo, assim, uma construção identitária docente expressiva e ações assertivas ao magistério.</p>2024-12-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/64GÊNERO, CLASSE E RAÇA NO TRABALHO DO CUIDADO NO BRASIL: UM EXERCÍCIO TEÓRICO-ANALÍTICO 2024-12-22T02:41:27+00:00Juliana Anacleto dos Santos revistadaanintersh@gmail.comDuane Naruza Dias Silvarevistadaanintersh@gmail.com<p>Este artigo aborda o trabalho do cuidado no Brasil a partir de uma análise interseccional, conectando as dimensões de gênero, classe e raça. Através de uma abordagem teórica que se fundamenta em conceitos de autores como Crenshaw, Hirata e Kergoat, o estudo evidencia como o trabalho de cuidado é uma expressão das desigualdades estruturais na sociedade, com destaque para o papel histórico das mulheres, particularmente as negras e de classes populares, na execução dessas tarefas. A divisão sexual do trabalho, que naturaliza as responsabilidades de cuidado para as mulheres, é analisada como um pilar da organização social e econômica, onde as tarefas reprodutivas são desvalorizadas, apesar de essenciais para a reprodução social. Os dados da PNAD Contínua 2019 reforçam essas desigualdades, demonstrando a disparidade de tempo dedicado aos cuidados e afazeres domésticos entre homens e mulheres, bem como a sobrecarga das mulheres negras, que estão desproporcionalmente representadas nessas atividades. A análise propõe, ainda, caminhos para futuras pesquisas, como a valorização do trabalho de cuidado e a implementação de políticas públicas que reconheçam sua importância. O estudo conclui que a interseccionalidade é uma ferramenta fundamental para compreender a complexidade dessas desigualdades e a necessidade de uma abordagem mais inclusiva e transformadora.</p>2024-12-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/65HIPERSEXUALIZAÇÃO DE PESSOAS RACIALIZADAS: O IMPACTO DA MASCULINIDADE TÓXICA NO HOMEM NEGRO2024-12-22T02:44:36+00:00Catiane Pinheiro Moralesrevistadaanintersh@gmail.com<p>Este artigo investiga como a masculinidade tóxica influencia a sexualidade, especialmente em pessoas racializadas, a partir de uma perspectiva decolonial utilizando autores como Frantz Fanon, Achille Mbembe, Maria Lugones e Grada Kilomba. A pesquisa explora como expectativas sociais e culturais moldam a experiência e a compreensão da sexualidade masculina. Utilizando uma análise crítica da literatura e um caso clínico, o estudo visa promover um diálogo sobre a diversidade de experiências de gênero e sexualidade. O caso clínico apresenta L.F., um homem negro de 39 anos, que buscou atendimento devido à disfunção erétil. Sem causa orgânica identificada, L.F. foi encaminhado para avaliação psicológica. Durante o acompanhamento, foram abordados temas como a hipersexualização do homem negro e o impacto do racismo estrutural. Apesar de ganhos significativos, o tratamento foi interrompido por falta de recursos para deslocamento a outro serviço. A conclusão destaca que a masculinidade tóxica enraizada na estrutura social colonial prejudica a saúde mental e sexual dos homens, promovendo comportamentos nocivos e negligenciando o autocuidado. A desconstrução desses preceitos é essencial para lidar com o sofrimento real e promover uma sociedade mais justa e igualitária. Estudos futuros devem abordar as experiências de masculinidades tóxicas com profundidade e responsabilidade, visando a erradicação da violência.</p>2024-12-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/68FAZER SOFRER: A PENA E SUA CONOTAÇÃO SACRIFICIAL2025-01-16T23:11:40+00:00Ademir Santos da Silvarevista@anintersh.org.brElaine Pimentelrevista@anintersh.org.br<p>O principal objetivo da presente resenha é apreciar a obra do jurista argentino Alejandro Alagia. Em seu livro, o autor apresenta reflexões profundas e instigantes sobre a sistemática do processo punitivo humano, estabelecendo uma conexão essencial entre a solução sacrificial praticada no mundo selvagem e o tratamento punitivo nas sociedades de nossa contemporaneidade. Alagia argumenta que este último é uma herança direta do primeiro, que passou por um processo de transformação e conversão, adaptando-se à forma e ao modo de vida do homem considerado civilizado. Nesse contexto, a pena é amplamente justificada como um mal necessário para assegurar a sobrevivência da sociedade e alcançar a tão desejada pacificação social. Contudo, o autor problematiza essa justificativa, apontando que ela se ancora em sistemas dogmáticos e mitológicos, perpetuando soluções punitivas desumanas, como o genocídio e o massacre estatal. A obra oferece uma análise crítica e provocativa sobre o punitivismo moderno e suas implicações éticas.</p>2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/69LIMITES E POSSIBILIDADES DE UM COMPLIANCE ANTIDISCRIMINATÓRIO2025-01-16T23:18:31+00:00Mauricio Soares de Souza Nogueirarevista@anintersh.org.brGabriela Maia Rebouças revista@anintersh.org.br<p>O presente estudo tem por objetivo analisar o instituto do <em>compliance</em> no que diz respeito a sua possibilidade antidiscriminatória. Com o neoliberalismo, a chamada era do <em>compliance</em> modificou os paradigmas da governança corporativa, estabelecendo a exigência de que as corporações – inclusive as grandes – estejam em conformidade com as normas antidiscriminatórias e de combate ao preconceito institucional e corporativo. Constitui-se metodologicamente como um ensaio teórico crítico, qualitativo, com suporte em pesquisa bibliográfica e documental, que problematiza um instituto jurídico – o <em>compliance</em> antidiscriminatório, através de seus limites e possibilidades. O quadro teórico que norteia a análise deste trabalho aborda os seguintes aspectos: a noção de <em>compliance</em>; a teoria da discriminação organizacional; um olhar crítico para a possibilidade de um programa de <em>compliance</em> antidiscriminatório para as grandes e pequenas corporações, considerando as contradições inerentes ao sistema neoliberal. Entre os resultados desta pesquisa, destaca-se que o instrumento do <em>compliance</em> tem sido usado para ajustar a governança na perspectiva da diversidade, no sentido de garantir a conformação com as normas antidiscriminatórias existentes, almejando bons resultados de competitividade no mercado global. No entanto, resta questionável em que medida estas medidas de governança e <em>compliance</em> antidiscriminatório podem contribuir no processo efetivo de superação das discriminações contra grupos minoritários no Brasil, ou mais aplacam as próprias contradições do sistema neoliberal em monetizar e objetificar vidas e subjetividades.</p>2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/70AS PERFORMANCES DA CAPOEIRA COMO PRÁTICAS DE SI2025-01-16T23:25:51+00:00Maria do Perpétuo Socorro Silva de Sousarevista@anintersh.org.brIdelma Santiago da Silvarevista@anintersh.org.br<p>Este artigo apresenta uma compreensão das performances da capoeira como práticas que compõem o ser capoeira, um processo de subjetivação que envolve conhecer a si mesmo enquanto sujeito no mundo. Com base em Michel Foucault, Nestor Capoeira, Grada Kilomba, Leda Martins e outros, questiona-se o que são e como se caracterizam as práticas de si nas performances da capoeira e como estas artes de viver desenvolvem sujeitos contra a sujeição. Outrossim, como a capoeira ganha espaço e dá sentido à vida de seus praticantes, se tornando o que eles definem como filosofia de vida, influenciando na escolha de suas profissões, na formação de suas personalidades, suas histórias de vida, a forma de se verem e se relacionarem com o outro, consigo próprio e com o ambiente em que vivem.</p>2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/71BIOLOGY TEACHER EDUCATION: AN EXPERIENCE BASED ON SUPERVISED INTERNSHIP INVOLVING EVOLUTIONARY THEORIES2025-01-16T23:31:38+00:00Caique Dantasrevista@anintersh.org.brAdvan Santos de Oliveirarevista@anintersh.org.brGeilsa Costa Santos Baptistarevista@anintersh.org.brEraldo Medeiros Costa Neto revista@anintersh.org.br<p>This report aims to present our experiences in the Biology internship carried out at the Colégio da Polícia Militar (CPM) Diva Portela located in the municipality of Feira de Santana, Bahia, Brazil. The internship plays a fundamental role in teacher education, as it is through it that future teachers acquire essential knowledge for the development of their identity. The theme addressed was Evolutionary Theories, a central theme of interest in the training of future Biology teachers, as well as being a topic demanded in entrance exams, especially the Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). During this experience, we accompanied a Biology teacher in the 2nd and 3rd year classes, where we taught lessons, applied activities, and discussed the topic. Overall, the experience of being in front of a classroom teaching was enriching for our formation as future Biology teachers. Based on our observation and teaching experiences, we can form some distinct strategies on how to work with different classes, different people, in different contexts.</p>2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/72Desinformação e negacionismo no governo Bolsonaro: uma análise de artigos científicos indexados na plataforma SciELO2025-01-16T23:35:14+00:00Eduardo Silvarevista@anintersh.org.brGeise Mari Santos Oliveirarevista@anintersh.org.brJosé Isaías Venerarevista@anintersh.org.brJosé Roberto Severinorevista@anintersh.org.brJorge Felipe Henríquez Chamorrorevista@anintersh.org.brRita de Cássia Aragão Matos revista@anintersh.org.br<p>atribuído ao governo Bolsonaro em artigos publicados em revistas científicas indexadas na plataforma SciELO no ano de 2021. Foram mapeados 95 artigos, inseridos em um instrumento de classificação por áreas, autores, e ocorrência de termos atribuídos ao presidente, à época, Jair Bolsonaro, e ao seu governo. Entre os termos, ‘negacionismo’ teve mais incidência. Desses artigos, foram selecionados seis para apresentar o sentido do termo articulado pelos autores. Por fim, relacionamos os sentidos com um conceito trabalhado em uma outra pesquisa, anterior a esta: necropolítica. Considera-se, assim, que a produção estratégica da desinformação contribui para a política da morte, a qual o filósofo Achille Mbembe (2018) nomeia de necropolítica.</p>2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/73DINÂMICA NO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO SOB A INFLUÊNCIA DOS FENÔMENOS CLIMÁTICOS EL NIÑO E LA NIÑA NO AGRESTE ALAGOANO: UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS/AL2025-01-16T23:43:35+00:00Ailton Feitosarevista@anintersh.org.brRoberto Silva de Souza revista@anintersh.org.br<p>A mudança de usos do solo, tanto urbano quanto rural, não ocorre apenas pela ação humana, em suas diversas estratégias, pois fenômenos da natureza, como os climáticos, podem influenciar nas dinâmicas da ocupação de um território municipal, demandando realização de pesquisas para a compreensão de fatos de migração da população do campo para a cidade. O objetivo deste artigo é entender, numa escala de tempo estimada, a dinâmica no uso e ocupação do solo, no município de Palmeira dos Índios/AL, sob o enfoque do clima. A metodologia se pautou na observação de dados, previamente registrados, a fim de que fosse possível descrever e aplicar fenômenos hidrológicos dependentes das condições do clima e seus efeitos na população palmeirense. Como um dos resultados, destacamos que a caracterização e análise sobre uso e ocupação do solo, apresentando evolução ou regressão dos fatores em estudo, sob a influência dos fenômenos climáticos do EL NIÑO e LA NIÑA, no Semiárido alagoano, ajuda na compreensão e análise do que é necessário nas políticas públicas para o desenvolvimento dessas áreas.</p>2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/74REGULAÇÃO DESCENTRALIZADA PARA AS ESF´S: VIVÊNCIA EM CURRAIS NOVOS2025-01-16T23:46:45+00:00Tércia Leda Cardoso Bezerrarevista@anintersh.org.brHerbert Ricardo Garcia Vianarevista@anintersh.org.br<p>Este estudo analisa a implementação de um sistema de regulação descentralizado no âmbito das Estratégias de Saúde da Família (ESF) do município de Currais Novos/RN, destacando os impactos nas dinâmicas de acesso e eficiência dos serviços de saúde. Por meio de uma abordagem descritiva exploratória e qualitativa, foram investigadas as etapas de planejamento, execução e avaliação de um modelo de regulação que promoveu maior equidade no acesso, reduziu filas de espera e fortaleceu o vínculo entre usuários e profissionais de saúde. A metodologia incluiu rodas de conversa, reuniões interdisciplinares e oficinas de capacitação, que subsidiaram ações como a reorganização do fluxo assistencial e a criação de protocolos para encaminhamentos especializados. Os resultados evidenciaram melhorias significativas, como a redução de deslocamentos desnecessários para os usuários, otimização dos recursos financeiros do SUS e fortalecimento da atenção primária. No entanto, desafios como resistência à mudança e limitações tecnológicas também foram identificados, sendo superados pela coparticipação dos profissionais e pela adoção de estratégias criativas. Conclui-se que o modelo de regulação descentralizada é uma ferramenta eficaz para humanizar o atendimento, otimizar recursos e alinhar as ações de saúde aos princípios do SUS: Universalidade, Equidade e Integralidade.</p>2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/75DECOLONIZAR É PRECISO. O DESAFIO DE UM PENSAMENTO OUTRO2025-01-16T23:49:59+00:00Uribam Xavierrevista@anintersh.org.br<p>-</p>2024-12-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/45Apresentação2024-12-03T00:13:14+00:00Napoleão Miranda, Presidente da ANINTER-SH (PPGSD/UFF)revistadaanintersh@gmail.comVerônica Teixeira Marques, Vice-Presidente da ANINTER-SH e Editora-Chefe da Revista da ANNTER-SHrevistadaanintersh@gmail.com<p>É com grande satisfação que apresentamos à comunidade acadêmica e científica a Revista da ANINTER-SH, periódico da ASSOCIAÇÃO NACIONAL EM PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO INTERDISCIPLINAR – SOCIAIS E HUMANIDADES (ANINTER-SH), já no 13° ano de existência, e cujo número inaugural encontra-se à disposição de todas as pessoas associadas e leitores em geral.</p> <p>A revista é resultado do esforço de vários dos membros da atual Diretoria da ANINTER-SH (2022/2024), autores vinculados aos programas de pós-graduação que a ela são associados, participantes do Fórum dos Programas de Pós-Graduação da Área Interdisciplinar da CAPES e outros autores que desenvolvem pesquisas interdisciplinares no Brasil.</p> <p>Sempre foi preocupação da ANINTER-SH ter um veículo de divulgação da produção acadêmica voltada para as questões relacionadas com a interdisciplinaridade, tanto teoricamente quanto na sua dimensão empírica, envolvendo projetos de pesquisa, teses e dissertações, e artigos que discutam essa temática, que se relaciona diretamente com a realidade acadêmica do conjunto de programas de pós-graduação que fazem da Área Interdisciplinar a maior e mais diversificada da CAPES.</p> <p>Apesar dessa importância da Área na CAPES, a questão da interdisciplinaridade envolve discussões que ultrapassam o limite estritamente científico e acadêmico, já de por si denso e multifacetado, para avançar sobre questões relacionadas à prática e às oportunidades profissionais daqueles que buscam diversificar sua formação profissional, mas que encontram barreiras associadas a uma perspectiva focada em uma leitura disciplinar da vida acadêmica e científica no momento de procurar chances de garantir sua inserção no mercado de trabalho e, com isso, sua sobrevivência econômico-financeira.</p> <p>Essa não é uma questão menor, permitam-nos destacar. A Área Interdisciplinar surge a partir de estímulo institucional da própria CAPES na década de 1990, como resultado de uma crescente insatisfação com as análises destacadamente disciplinares da realidade, em especial da dinâmica social, que se tornou comum na produção científica e acadêmica no último quarto do século XX, em várias partes do mundo, e que encontraram em autores tão diversos como Jean Piaget e Edgar Morin, na Europa, e Ivani Fazenda, Olga Pombo, Hilton Japiassu, Galdêncio Frogotto e Paulo Freire no Brasil, para citar somente alguns, referências importantes para a discussão sobre a interdisciplinaridade e sua potencial contribuição para uma abordagem da realidade social mais próxima da sua complexidade estrutural.</p> <p>Esta leitura e sua crescente aceitação mundo afora, representou, do ponto de vista institucional, uma oportunidade para que programas de pós-graduação de todo o país fossem estimulados e criados na perspectiva interdisciplinar.</p> <p>De acordo com os dados abertos da Capes (Dados Abertos (capes.gov.br) cuja atualização consta como de 2021, naquela ano, havia 4.691 programas, sendo 4.563 com cursos em funcionamento e 128 cursos em desativação. Já a área Interdisciplinar da Capes (área 45) tinha em sua base no ano de 2021, 385 Programas com cursos de Mestrado, ou Mestrado e Doutorado, com 20 em desativação. Desses 385 Programas, oito não se enquadravam em suas quatro câmaras, 97 estavam lotados na câmara de Engenharia, Tecnologias e Gestão (sendo oito cursos em desativação), 49 Programas na câmara de Meio Ambiente e Agrárias, 85 na câmara de Saúde e Biológicas e 146 na câmara de Sociais e Humanas – sendo que nas últimas três câmaras havia quatro cursos em desativação, respectivamente.</p> <p>Sabemos que os números hoje, em 2024, já não são os mesmos, e aventa-se que a área Interdisciplinar possua atualmente cerca de 400 PPGs que se estruturam nas quatro câmaras como sinalizado anteriormente. Tal interesse de programas diversos das três grandes áreas em que se estrutura a CAPES, demonstra claramente a existência, por assim dizer, de uma “demanda reprimida” em diversos segmentos da vida universitária brasileira, por uma abordagem diferente, mais integrada e complementar, das diversas áreas da realidade, natural e social, com a qual trabalham, e resultou na criação acelerada de um grande número de PPGs focados na abordagem interdisciplinar, visto que ela congrega quase o dobro de programas que outras áreas mais robustas que não chegam a 200 programas.</p> <p>Apesar desses dados, grande parte dos processos seletivos e concursos para ocupar vagas de professores Brasil afora não aceitam/reconhecem diplomas oriundos de PPGs interdisciplinares, constituindo um obstáculo difícil de ser superado por aqueles profissionais egressos desses programas.</p> <p>Dessa forma, parece-nos que a Revista da ANINTER-SH, pode suprir um importante espaço para a discussão deste e outros aspectos da teoria e da prática da interdisciplinaridade, junto com outros periódicos já existentes na área, além, claro, de outros temas relevantes, do ponto de vista social, político e cultural para a compreensão da realidade brasileira em seus variados aspectos e interconexões com os campos das políticas públicas, da educação, da ciência, da saúde coletiva, tecnologia e inovação.</p> <p>Neste número inaugural, já na lógica de fluxo contínuo, contamos com a contribuição de distintos autores cujos artigos expressam um pouco da interdisciplinaridade e da diversidade regional das pesquisas no Brasil.</p> <p>Este conjunto de artigos publicados em 2024 mostra a diversidade temática que a perspectiva interdisciplinar é capaz de estimular, e esperamos que a Revista da ANINTER-SH se torne, rapidamente, um periódico valorizado por sua abertura à pluralidade da produção acadêmica e científica dos PPGs da Área Interdisciplinar da CAPES e da produção de autoras e autores cujas pesquisas interdisciplinares possam contribuir para compreensão dos mais diversos e diferentes fenômenos sociais.</p> <p>Seja bem-vinda, seja bem-vindo. Boa leitura!!</p> <p> </p> <p>Napoleão Miranda, Presidente da ANINTER-SH (PPGSD/UFF)</p> <p>Verônica Teixeira Marques, Vice-Presidente da ANINTER-SH e Editora-Chefe da Revista da ANNTER-SH. (SOTEPP-UNIMA/Afya).</p>2024-12-03T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/30FÓRUM DE PROGRAMAS INTERDISCIPLINARES DE PÓS-GRADUAÇÃO: DE ONDE VIEMOS E PARA ONDE VAMOS2024-07-15T19:31:40+00:00Márcia Bento Moreirarevistadaanintersh@gmail.comRafael Duarte Coelho dos Santosrevistadaanintersh@gmail.com<p>O Fórum de Coordenadores de Programas de Pós-Graduação Interdisciplinares do Brasil foi criado por um grupo de coordenadores de programas da área Interdisciplinar da CAPES, motivados pela necessidade coletiva de haver uma organização das informações, processos e obter respostas aos questionamentos perante a CAPES e a coordenação de avaliação. Esse movimento começou em 2017 e com o passar do tempo foi ficando evidente a necessidade de suporte aos coordenadores em diferentes aspectos, não somente nos de avaliação dos programas, compreensão das regras e uso do ferramental disponibilizado pela CAPES para as avaliações; mas também referente à formação, apoio a uma cultura interdisciplinar e no suporte aos diversos aspectos da coordenação de programas de pós-graduação, sejam administrativos, técnicos, organizacionais ou mesmo sociais. Este artigo recapitula a história do Fórum, as lições aprendidas durante seus primeiros anos de organização e a visão para o seu futuro. </p>2024-07-15T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024