BACURAU E O “MUSEU VIVO”: ESPAÇO DE MEMÓRIA E RESISTÊNCIA

Autores/as

  • Luciana Renata Santana Diniz
  • Hamilcar Silveira Dantas Junior

Palabras clave:

memória coletiva, memória social, museu vivo, Bacurau

Resumen

O presente trabalho explana os diversos tipos de memórias que permeiam uma sociedade e reforça a importância dos monumentos terem significado na construção da memória coletiva de uma comunidade. Este estudo analisa de que forma os artefatos do Museu Histórico da obra filmíca “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, se materializaram e se tornaram símbolo de resistência aos ataques de um grupo de extermínio estadunidense que caçava humanos “por esporte”. Objetivamos neste trabalho analisar recortes que mencionam, direta ou indiretamente, o Museu Histórico de Bacurau (MHB), sua importância para os moradores do pequeno povoado e espaço de resistência, luta e sobrevivência através de seus artefatos de memória.  Analisaremos a composição da imagem, diálogos e o acervo expostos durante o filme que envolvem o museu no roteiro, segundo a análise fílmica de Aumont e Marie (2004). Concluiu-se que o Museu Histórico de Bacurau, enquanto espaço de memória social institucional, é a materialização das memórias coletivas, simbólicas, da comunidade, utilizadas como artefatos de resistência para a existência do povoado. Através de cada indumentária, arte em madeira exposta, recortes de jornal, instrumento de trabalho e armas, uma mensagem de resistência era posta e encorajava o povo, a resistir e a reagir.

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Citas

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Publicado

2024-07-15

Cómo citar

Luciana Renata Santana Diniz, & Hamilcar Silveira Dantas Junior. (2024). BACURAU E O “MUSEU VIVO”: ESPAÇO DE MEMÓRIA E RESISTÊNCIA. REVISTA DA ANINTER-SH, 1, 61–75. Recuperado a partir de https://revistadaanintersh.org/index.php/anintersh/article/view/36